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8º Ano - História - 2º Bimestre

 


2º Atividade de História - 8º ano     -   

Profº Edison Sales e Sandra Rufino

1.      A.  Acessar o link para rever o tema sobre Iluminismo CMSP -   https://youtu.be/uY_fcXbJKwQ

1.     B. Acessar o link para realizar a atividade        https://forms.gle/unsRJRAehoc3Ufnf9



TETTEXTOS COMPLEMENTARES DE HISTÓRIA - 2º BIMESTRE

A REVOLUÇÃO INDÚSTRIAL

 

      A Revolução Industrial e o capitalismo: o grande processo de transformações socioeconômicas iniciado na metade do século XVIII que consolidou o capitalismo como modo de produção foi a Revolução Industrial. Surgiram novas máquinas, novas fontes de energia (o vapor e a eletricidade), novas relações de trabalho e nova oposição de classes (operários assalariados e empresários industriais). A indústria substituiu o comércio como principal fonte de riqueza.

      Etapas de crescimento da produção: a) produção artesanal: o artesão  dominava todas as etapas do processo produtivo e era dono dos instrumentos de produção; b) produção manufatureira: predomínio do trabalho manual e surgimento da divisão do trabalho; c) produção mecanizada: aperfeiçoamento dos métodos produtivos e desenvolvimento de máquinas industriais.

      A Inglaterra e o pioneirismo industrial: fatores que favoreceram o pioneirismo inglês: a) acúmulo de capitais; b) controle capitalista do campo; c) crescimento populacional; d) posição geográfica.

      Fases da Revolução Industrial: a) primeira fase (de 1760 a 1860): basicamente limitada à Inglaterra, com o desenvolvimento da indústria de tecidos de algodão e o aperfeiçoamento das máquinas a vapor; b) segunda fase (de 1860 a 1900): espalha-se pela Europa, Estados Unidos e Japão.

      Principais inovações tecnológicas: utilização do aço, aproveitamento da energia elétrica e dos combustíveis petrolíferos, invenção do motor a explosão, da locomotiva e do barco a vapor e desenvolvimento de produtos químicos.

 

      Consequências sociais da Revolução Industrial: exploração do trabalho humano (baixos salários, péssimas condições das fábricas), conflitos entre operários e empresários, surgimento dos primeiros sindicatos operários.

      Principais efeitos da Revolução Industrial: a) urbanização: crescimento das cidades; b) divisão do trabalho: aparecimento das linhas de montagem; c) produção em série: massificação do gosto dos compradores dos produtos; d) desenvolvimento dos transportes e da comunicação: invenção do navio a vapor, da locomotiva e do telégrafo.

 

      A REAÇÃO IDEOLÓGICA À REVOLUÇÃO INDÚSTRIAL

 

      Doutrinas que justificam a organização da sociedade industrial: destaca-se o liberalismo econômico. Seus principais representantes foram Adam Smith, Thomas Malthus e David Ricardo.

     Doutrinas que propõem alternativas para a superação das injustiças da sociedade industrial: a) socialismo utópico(Saint Simon, Fourier, Proudhon, Owen), socialismo científico ou marxismo(Marx e Engels), pensamento social cristão(Lamennais,  Adolph Wagner, Maurice). Um dos primeiros marcos do pensamento social cristão foi a encíclica papal Rerum novarum(1891).

 

      IDADE CONTEMPORÂNEA

 

      O PROCESSO REVOLUCIONÁRIO FRANCÊS

 

      Transição: a Revolução Francesa marca a transição do feudalismo para o capitalismo. Vários grupos sociais participaram desse movimento. Ao final do processo revolucionário, a nobreza havia caído e a burguesia estava no poder.

      Causas da Revolução Francesa

      A situação social: a população francesa estava dividida em três ordens ou estados: a) primeiro estado (clero); b) segundo estado (nobreza); c) terceiro estado (restante da população, que incluía camponeses e burguesia). O terceiro estado revoltou-se contra os privilégios do clero e da nobreza.

      A situação econômica: devido a vários problemas, a agricultura, base da economia francesa, entrou em grave crise. A indústria também passava por dificuldades devido à concorrência estrangeira. Tudo isso gerou fome e desemprego por todo o país.

      A situação política: a burguesia começou a ter cada vez mais consciência de seus interesses de classe e que o Estado precisava ser reestruturado. As idéias burguesas tinham como base o pensamento iluminista.

 

      PRINCIPAIS ETAPAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA

 

      Primeira fase – a revolta aristocrática: nobreza e clero revoltaram-se em 1787 e convenceram o rei Luís XVI a convocar a Assembléia dos Estados Gerais. O objetivo era obrigar o terceiro estado a assumir os tributos que a nobreza e o clero não queriam pagar.

      Segunda fase – a Assembléia Nacional Constituinte: revoltada contra o sistema de votação na Assembléia dos Estados Gerais, o terceiro estado proclamou-se em Assembléia Nacional Constituinte. A revolta burguesa espalhou-se pelas ruas. Em 14 de julho de 1789, o povo invadiu e tomou a Bastilha; em agosto foi proclamada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; em 1790 as terras da Igreja foram confiscadas.

      Terceira fase – a monarquia constitucional: em 1791, uma nova constituição instituiu a monarquia constitucional da França, separando os poderes do Estado e abolindo a divisão social em estamentos. O rei Luís XVI tentou fugir para organizar as forças contrárias à revolução em 1791, mas foi preso. Os exércitos da Áustria e da Prússia tentaram invadir a França para deter o processo revolucionário, mas foram derrotados na Batalha de Valmy em  1792. Em 22 de setembro foi proclamada a república francesa.

      Quarta fase – a república  e a Convenção Nacional: com a república, formou-se  a Convenção  Nacional, dominada pelos girondinos, jacobinos e o grupo da planície. O rei Luís XVI foi condenado à morte. Os jacobinos criaram órgãos para defender a revolução. Teve início o Terror, com a instalação da ditadura dos jacobinos, liderados por Robespierre. Aliviadas as ameaças estrangeiras, os girondinos e o grupo da planície uniram-se contra os jacobinos. Robespierre foi guilhotinado.

      Quinta fase – o governo do Diretório: a alta burguesia controlava a Convenção Nacional, que elaborou uma nova constituição. Instituiu-se o Diretório, com cinco membros, para governar o país. Em 1799, Napoleão Bonaparte dissolveu o Diretório e estabeleceu um novo governo, denominado Consulado.

     

      A ERA NAPOLEÔNICA

 

      O homem que dominou quase toda a Europa: vindo de família humilde, Napoleão Bonaparte governou a França por 15 anos, após tomar o poder com o golpe de 18 Brumário. Sua ascensão foi rápida, baseada principalmente em conquistas militares.

      O Consulado (1779-1804): período de ditadura militar disfarçada de regime republicano e comandada por três cônsules, entre eles Napoleão, nomeado primeiro-cônsul. A alta burguesia consolidou-se como classe dirigente da França. As liberdades foram reprimidas, com censura à imprensa e aniquilamento da oposição.

      Realizações do consulado: recuperação econômica, centralização administrativa, reorganização jurídica (Código Napoleônico) e educacional, acordo entre a Igreja católica e o Estado francês (Concordata).

      O império (1804 – 1815): proclamado cônsul vitalício, Napoleão tornou-se, na prática, imperador da França. A confirmação da monarquia aconteceu em 1804, através de um plebiscito. Napoleão expandiu o domínio francês, mas encontrou resistência dos ingleses. Para isolar economicamente a Inglaterra, Napoleão decretou o fechamento dos portos ao comércio inglês (Bloqueio Continental). Por não aderir ao bloqueio, Portugal foi invadido pela França.  D. João e sua família fugiram para o Brasil. Por volta de 1812, o império napoleônico dominava quase toda a Europa ocidental.

      A queda do império napoleônico: a) política militarista de Napoleão, com elevado número de soldados mortos em batalha; b) a reação nacionalista dos povos conquistados; c) o fracasso do Bloqueio Continental; d) derrota da França para a Rússia. Estimulados por esse fracasso, ingleses, austríacos, russos e prussianos formaram um poderoso exército e, em 1814, derrubaram Napoleão do poder.

      O Governo dos  Cem Dias: em 1815, Napoleão voltou à França prometendo reformas democráticas. Mas sua permanência no poder durou apenas cem dias.  A coligação militar internacional invadiu a França e derrotou definitivamente Napoleão na Batalha de Waterloo.

 

      O CONGRESSO DE VIENA E A SANTA ALIANÇA

 

      Objetivos do Congresso de Viena: organizado pelos países vencedores das guerras contra Napoleão, o Congresso de Viena pretendia restaurar o equilíbrio político do continente europeu.

      A Santa Aliança: organização de países com o compromisso de se defenderem mutuamente para conter os movimentos nacionalistas que surgiam em regiões da Europa e nas colônias da América. 

Vídeo:  https://www.youtube.com/watch?v=SRdnjG5IRq4